Dissertação - Marcas da desconstrução das concepções hegemônicas da condição de gênero e etnia no romance Úrsula, de Maria Firmina dos Reis

Autor: Rosane Jaehn Troina (Currículo Lattes)

Resumo

Esta pesquisa apresenta uma reflexão sobre as marcas da desconstrução das concepções hegemônicas da condição de gênero e etnia no romance Úrsula, de Maria Firmina dos Reis. Para tanto, nos ativemos ao modo como a autora maranhense tece em sua narrativa as identidades negras escravizadas e formula uma crítica ao mandonismo sobre a vida da mulher branca dentro de um contexto árido mantido pela ordem patriarcal como foi o século XIX. Nesse sentido, consideramos que o texto firminiano ressignifica o mito de uma literatura única, se estabelecendo como uma afrotopia, visto que sua criação enunciativa cria uma realidade ficcional que revela a face bárbara e violenta da nação, onde as vozes femininas e negras ecoam ao tempo ressignificando a literatura brasileira enquanto sistema mantenedor de discursos pautados por um viés masculino e eurocêntrico.

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Palavras-chave: Literatura brasileiraLiteratura afro-brasileiraLiteratura negraEtniaGêneros (Grupos sociais)AfrotopiaSéculo XIXReis, Maria Firmina dos, 1822-1917