Tese - O outro lado da Literatura Surda

Autor: Diogo Souza Madeira (Currículo Lattes)

Resumo

A tese explora as razões da invisibilidade das obras literárias de autores surdos e de autoras surdas em Língua Portuguesa, além de as mesmas não serem reconhecidas no campo da Literatura Surda: Emiliana Rosa, com Borboletas poéticas (2017); Lak Lobato, com Desculpe, não ouvi! (2014); Nhana Bolsoni, com Primeiros versos; Sylvia Lia Neves, com Mãos ao vento (2010); Ly Neves, com Contos da Ly(2016); e José Petrola, com O beco do rato (2018). O objetivo do trabalho é apresentar a outra perspectiva da Literatura Surda, como promoção de novas discussões, além da profundidade analítica das obras surdas, como literaturas escritas com a temática da surdez ou não, selecionadas, que ainda não haviam sido mencionadas diretamente ou não em periódicos acadêmicos e literários. Em termos de conceito, o embasamento teórico foi voltado para a historiografia literária (PERKINS, 1999), as óticas da literatura (CANDIDO, 2006 e 2009) e as concepções do arquivo e da memória (HALBWACHS, 2010 e 2017), ao contrário da Literatura Surda com enfoque na Língua de Sinais, que vem ganhando mais visibilidade em todos os âmbitos, desde que a Libras foi reconhecida como o meio legal de comunicação a nível nacional. A metodologia aplicada foi a quali-quantitativa, utilizando-se a Redução Temática, permitindo buscar compreender a outra perspectiva da Literatura Surda supostamente interferida pelos atravessamentos do capacitismo e do audismo através da análise das obras dos autores surdos e das autoras surdas. Obteve-se, como conclusões que defendem a importância da expansão de literaturas surdas para outras áreas como a dos estudos literários e que evidenciam a falta de acessibilidade que impediu alguns autores surdos de aperfeiçoar o seu conhecimento da escrita criativa.

TEXTO COMPLETO DA TESE

Palavras-chave: LiteraturaSurdezHistória da literaturaMemória literária