• INÍCIO •           • APRESENTAÇÃO •           • CONTEÚDOS •           • PRODUÇÕES •           • COMO CITAR •          • EQUIPE •           • LINKS •           • CONTATO 

      A     B     C     D     E     F     G     H     I     J     K     L     M     N     O     P     Q     R     S     T     U     V     W     X     Y     Z      

 


A Madrugada

Revista A Madrugada

A Madrugada representou o profícuo encontro entre a imprensa ilustrada e a de natureza literária, dando ênfase aos propósitos de expansão da cultura, difusão da leitura e divulgação de criações literárias. Muitos escritores, desde os iniciantes até os mais renomados, encontravam na imprensa ilustrada-literária um elemento propulsor de sua obra. A revista esteve plenamente vinculada com tais tendências, promovendo por meio do texto e da gravura um mútuo conhecimento entre as realidades culturais lusa e brasileira. Sob a direção de Oscar Leal, circulou entre outubro de 1894 e dezembro de 1896, contando com quatro páginas e o tamanho de 46 centímetros. A Madrugada constituiu uma das culminâncias do projeto cultural de Oscar Leal, no sentido da consolidação de seu reconhecimento como intelectual.

Nessa linha, a revista caracterizou-se por ser praticamente uma execução unipessoal do escritor que, além de dirigi-la foi o seu mais importante redator. A execução e a redação da folha giravam em torno do próprio Leal, de modo que as diversas seções apresentavam textos de sua lavra, ou traziam interseções com as suas próprias atividades. Desse modo, por meio da Madrugada, Leal afirmou seus contatos e mesmo relações mais intrínsecas com a intelectualidade de então, o que trazia por repercussão uma ainda mais acentuada notoriedade para o diretor da revista e, consequentemente, sua incorporação definitiva no rol dos homens de letras de sua época, tanto no contexto português, quanto no brasileiro.

A folha literária e ilustrada apresentava em seu frontispício o dístico “Revista noticiosa, crítica, literária, biográfica e bibliográfica”, revelando a proposta bastante ampla de seu norte editorial. O diretor era Oscar Leal, aparecendo ainda F. Palmeirim, como administrador até a edição de agosto de 1895. A folha anunciava também que sua redação seria “composta dos melhores escritores portugueses”. Tinha uma proposta de circulação mensal, mas houve várias interrupções na sua edição, de modo que foi publicado um total de quatorze números. As assinaturas custavam para o Brasil: ano ou uma série – 10$000 fracos; e semestre ou meia série – 5$000 fracos; e, para Ilhas e Ultramar: ano ou uma série – 1$500; e semestre ou meia série – $800, chegando a passar por uma redução de custos na busca de ampliar o número de favorecedores. Chegou a ter uma tiragem bastante expressiva, atingindo 5.000 exemplares, os quais eram intercambiados no âmbito luso e com significativa quantidade de localidades brasileiras de suas várias regiões. A empresa encarregava-se de publicar “biografias de pessoas notáveis”, vindo a pedir “aos amigos do Brasil o seu valioso concurso, a fim de tornar cada vez mais interessante esta publicação”, que era ilustrada com gravuras de F. Pastor, responsável pela edição do Almanaque Ilustrado e parceiro de Leal desde a década de 1880.

Ao longo de seus quatorze números, foram editados extratos ou colaboraram nomes menos ou mais conhecidos e/ou notáveis, entre os quais: Arthur Goulart, Heráclio P. Placer, Fernandes Costa, J. A. Pimenta, Ramalho Ortigão, Guerra Junqueiro, Antero de Quental, Cláudia Campos, Teófilo Braga, Cyriaco de Nóbrega, Gomes Leal, Luiz Pinto Coelho, Maria Amália Vaz de Carvalho, Demóstenes de Olinda, Guiomar Torresão, Fernando Caldeira, Valentim Magalhães, Thomaz Ribeiro, Ulisses Pennafort, João de Deus, Olavo Bilac, Thargélia Barreto, Manoel Lobato, Raimundo Corrêa, Bulhão Pato, Bento Ernesto Júnior, Luiz Guimarães Filho, Casimiro Dantas, David Bensabat, Lourenço da Fonseca, Eça de Queirós, Wenceslau de Queiroz, Albertina Paraíso, Ernesto Paula-Santos, Augusto Ribeiro, Júlio Brandão, Heliodoro Salgado, Lopes Carqueja, Alberto Pimentel, F. Clotilde, Aquiles Porto Alegre, Brito Aranha, M. P. Ferreira Júnior, José Pereira de Sampaio Bruno, Padre Correia de Almeida, Guimarães Passos, Ernesto Santos, Horácio Nunes, Garcia Redondo, Teófilo Dias, Luiz Monteiro, Raul Pompeia, Teixeira Bastos, W. Battenberg, Machado de Assis, Gonçalves Cerejeira, Luiz Pistarini, Martinho Rodrigues, Euclides Dias, Rodrigues de Carvalho, Manoel Arão, Tito Litho, Lafaiete Silva, Álvaro Pinheiro, Guilherme Gama, João Chagas, Trindade Coelho, Francisco Cepeda, Alice Moderno, Lindolfo Gomes e Júlio de Lemos. A direção declarava que a revista concorria “patrioticamente para a prosperidade de uma empresa que trata, por todos os meios, de vulgarizar e tornar conhecidos cá e lá os homens e as coisas dos dois países”. In the event that you will arrange a phony ID from great fake id websites or ID Lord or anything they're calling themselves presently, Don't structure a Florida, Pennsylvania, Connecticut or Illinois ID. These are the most ordinarily requested counterfeit IDs and bouncers know it. Additionally don't get the express that you live in light of the fact that bouncers or barkeeps see that state ID the entire day consistently and regardless of whether the smallest thing is off-base on your phony they will quickly take note.

 Francisco das Neves Alves

 

Para saber mais:

ALVES, Francisco das Neves. Excursões editoriais: Oscar Leal e A Madrugada (1894-1896). Lisboa: CLEPUL; Rio Grande: Biblioteca Rio-Grandense, 2020.
______. Oscar Leal: relatos de viagem e interações literárias. Lisboa: CLEPUL; Rio Grande: Biblioteca Rio-Grandense, 2020.
RAFAEL, Gina Guedes; SANTOS, Manoela. Jornais e revistas portugueses do século XIX. v. 2. Lisboa: Biblioteca Nacional, 2002.

Tema(s): periódico
Sujeto: M