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Ilustração do Brasil
Capa de uma edição da Ilustração do Brasil
A revista de variedades Ilustração do Brasil, publicada no Rio de Janeiro entre os anos de 1876 e 1880, apresentou diversificado conteúdo imagético e textual que versavam sobre política, conhecimentos gerais, opinião, instrução pública, literatura, história etc. A propriedade ficou a cargo do editor e empreendedor Charles Francis de Vivaldi (1824-1902), que, possivelmente, devido ao sucesso de lançamento, meses após distribuiu uma versão menor intitulada Ilustração Popular (RJ, 1876-1877), mas de duração efêmera. As belíssimas imagens que estamparam os periódicos procederam do estrangeiro, sendo elas anteriormente publicadas na L’Illustrazione Italiana (Milão, 1873-1962), o que, provavelmente, atesta que Vivaldi tenha fechado negócio com os editores da revista italiana para a compra dos clichês com as imagens gravadas.
O século XIX assistiu a uma imensa propagação de periódicos ilustrados que traziam conteúdos diversos em meio às imagens. Este cenário só foi possível graças às inovações técnicas, à época, de edição e impressão de textos e iconografias. Estas revistas de atualidades, que se diziam “universais”, por trazerem diversos tipos de assuntos, ficaram conhecidas também por propagar o discurso civilizador da época e estabelecer ou fortalecer o Estado-Nação. No Brasil, os editores da Ilustração do Brasil anunciaram que divulgariam a instrução por meio de seus conteúdos, com o intuito de elevar o país ao patamar mais elevado da civilização.
Desta maneira, uma variedade de conteúdos que propagavam a civilização, tendo a imagem como aliada do progresso e da consolidação do Estado-Nação, foi verificada nas páginas da Ilustração do Brasil. Poucos foram os colaboradores do impresso, e não foi possível identificar a característica da colaboração, como ativa, passiva ou involuntária (LUCA, 2018, p. 139). Como a maior parte dos textos não estavam assinados, atribui-se a autoria para o proprietário e editor da revista, que no caso compunha-se do próprio Charles de Vivaldi e de sua filha, Corina de Vivaldi (1859-1892) – após o casamento, em 1880, passou-se a chamar Corina Coaracy. À Ilustração do Brasil coube a divulgação de uma variedade de conteúdos de conhecimentos científicos e técnicos da época, além de um forte discurso político em prol da monarquia brasileira, que já nos finais dos anos de 1870 estava abalada por uma crise política e social. Também foi possível verificar que os editores publicaram muitos conteúdos, tanto textuais quanto imagéticos, que enalteciam a sociedade estadunidense. Vale lembrar que este é um dos países de cidadania de Charles Francis de Vivaldi, que nasceu na Itália, mas se tornou cidadão americano antes de mudar-se para o Brasil e iniciar seus trabalhos de comerciante e editor de impressos periódicos. Evidentemente, tornar o país em que residia em nação aspirante aos valores norte-americanos foi um dos intuitos do empreendedor. Embora fizesse sempre questão de lembrar os seus leitores de que cada nação tinha sua forma de governo mais apropriada, ou seja, sistemas diferentes de governo que se enquadravam na realidade de cada país: nos Estados Unidos, a forma republicana, e no Brasil, a monarquia.
Na revista também foi possível verificar uma crítica feita pelos editores aos homens de letras, frequentadores de salões e seguidores de hábitos franceses, valores que, segundo os redatores, eram totalmente contrários aos comportamentos pregados por grandes nomes da imprensa, como Quintino Bocaiúva (1836-1912). Nota-se, portanto, certa contradição nos discursos pregados pela revista, uma vez que Bocai[uva foi um importante propagador dos valores republicanos no Brasil. O fato é que o periódico Ilustração do Brasil mostrou que Charles de Vivaldi, e sua filha, pareceram adequar-se ao momento, mantendo redes de sociabilidade em diversas partes, tentando encaixar-se em vários espaços da sociedade brasileira. Mas esses discursos contraditórios na revista também poderiam indicar uma estratégia mercadológica, e isto não seria meramente uma coincidência, pois ao lado da atividade de editor, Vivaldi também foi um grande empreendedor de artefatos norte-americanos no Brasil.
Helen de Oliveira Silva
Para saber mais:
SILVA, Helen de Oliveira. Instruir, moralizar e civilizar: nação e sociedade nas Ilustração do Brasil (RJ, 1876-1880) e Ilustração Popular (RJ, 1876-1877). Dissertação (Mestrado em História) – Faculdade de Ciências e Letras de Assis, Universidade Estadual Paulista, Assis, 2020.
Sobre o periódico:
A Ilustração do Brasil pode ser consultada na Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional.
Publicação do verbete: mar. 2025.
Ilustração Popular
Capa de uma edição da Ilustração Popular
A Ilustração Popular foi um periódico lançado por Charles Francis de Vivaldi e Corina de Vivaldi – após o casamento, em 1880, passou a ser conhecida como Corina Coaracy – em 1876. Infelizmente, a folha teve duração efêmera, até 1877, circulando em menos de um ano; entretanto, foi uma revista de grande importância para a época devido à sua proposta instrutiva e à estratégia econômica. Foi uma das revistas mais baratas que circulou no Rio de Janeiro naquele momento e, segundo o programa, foi um periódico “acessível a todas as classes sociais”. A revista fora lançada após o suposto sucesso da Ilustração do Brasil, uma versão mais cara e mais robusta da Popular. Em ambas as versões, o editor Vivaldi e sua filha tinham como intuito divulgar e propagar conhecimentos úteis. Enquanto a Ilustração do Brasil difundiu conhecimentos científicos e técnicos por meio de seu conteúdo imagético e textual, a versão menor ficou a cargo de anunciar os problemas dos hábitos e comportamentos dos brasileiros.
O fato é que só foi possível lançar uma revista ilustrada de baixo custo de produção devido à importação dos clichês imagéticos do exterior. As imagens publicadas na Ilustração Popular já haviam sido também publicadas na L’Illustrazione Italiana, o que, provavelmente, leva-se a supor que Vivaldi tenha fechado contrato para adquirir as chapas com as gravuras, por um preço módico, uma vez que as estampas já haviam circulado na imprensa internacional. Essas revistas ilustradas, consideradas “universais” por terem uma diversidade de conteúdos imagéticos e textuais, trazem consigo também o discurso civilizador e de consolidação do Estado-Nação. Foram frutos, portanto, da ideologia dos oitocentos, de difundir as luzes, o conhecimento, hábitos e comportamentos que achavam adequados para um país atingir o grau máximo de civilização, em um Estado-Nação forte e bem-estruturado.
Na Ilustração Popular publicou-se um conteúdo intensamente doutrinador da cultura e dos ideais norte-americanos, sendo os Estados Unidos um país modelo de nação. Os comportamentos e hábitos da Europa, principalmente os franceses, foram alvo de crítica. O modelo de homem cidadão era o branco, pertencente à classe social média urbana ou à elite. O papel da mulher na sociedade também foi muito comentado, principalmente por Corina de Vivaldi, que admitiu que à mulher fossem dados trabalhos que a elevavam como ser cuidadora do lar. Se se interessava pela leitura e escrita, o motivo era devido a estas atividades servirem como formadora para a educação dos filhos e como aconselhadora do marido. Mas a profissionalização da mulher, como médica ou advogada, era banida pela escritora. Foi possível verificar no conteúdo da Ilustração Popular que havia certa defesa em relação à emancipação da mulher, principalmente para ocupar espaços públicos, como a própria imprensa, que já estava sendo ocupada por Corina de Vivaldi, porém essa defesa apresentava-se enviesada ainda por um certo conservadorismo. A mulher constituía um ser frágil e responsável pelo lar e pela família, segundo os editores.
A Ilustração Popular, portanto, foi um empreendimento audacioso realizado por Charles de Vivaldi, uma vez que a proposta era difundir uma revista mais barata, diferente das grandes revistas luxuosas que circulavam pelo Brasil e no exterior. E por estar inserida num mercado de impressos inseguro, como era o brasileiro, o risco da empreitada era ainda maior. Tais constatações explicariam por que a revista foi tão efêmera, durando menos de um ano completo.
Helen de Oliveira Silva
Para saber mais:
SILVA, Helen de Oliveira. Instruir, moralizar e civilizar: nação e sociedade nas Ilustração do Brasil (RJ, 1876-1880) e Ilustração Popular (RJ, 1876-1877). Dissertação (Mestrado em História) – Faculdade de Ciências e Letras de Assis, Universidade Estadual Paulista, Assis, 2020.
Sobre o periódico:
A Ilustração Popular pode ser consultada nos microfilmes do acervo do Centro de Documentação e Apoio à Pesquisa (CEDAP) da Unesp de Assis e da Biblioteca Nacional.
Publicação do verbete: mar. 2025.
Imprensa literária no Rio Grande do Sul do século XIX
Capa do n. 1 de A Rosa Brasileira, 1º mar. 1851.
A imprensa teve papel fundamental na formação literária do Rio Grande do Sul, face às dificuldades relativas à confecção e divulgação de livros no século XIX. A difusão da literatura, desta maneira, encontrou guarida nas páginas periódicas, seja em jornais, revistas e almanaques exclusivamente dedicados à divulgação cultural, seja em órgãos noticiosos.
O jornalismo no Rio Grande do Sul inicia-se com o Diário de Porto Alegre, que dura um ano, de junho de 1827 a junho de 1828. O primeiro jornal do interior, O Noticiador (1832-1836), da cidade de Rio Grande, mesclava o teor político-econômico com o assunto literário, sob a direção de Francisco Xavier Ferreira. No decênio farroupilha, espocam vários jornais, contra e a favor da revolução, com destaque para O Povo (1838-1840), órgão oficial de divulgação da República Rio-Grandense, com sede primeiro em Piratini, depois em Caçapava do Sul. Na segunda metade do século XIX, dois jornais da Capital polarizam o cenário, A Reforma (1869-1912), baluarte do Partido Liberal e da causa monárquica, e A Federação (1884-1937), porta-voz do Partido Republicano Rio-Grandense. No fecho do século, surge em 1º de outubro de 1895, e circulando até hoje, o Correio do Povo, de Porto Alegre, combatendo o partidarismo extremado e buscando uma postura mais branda e neutra, politicamente falando.
Entre os especificamente literários, pode-se começar com A Rosa Brasileira (1851), de Rio Grande, que, sem inclinação noticiosa, apresentava-se como periódico de instrução e recreio, podendo ser considerada, assim, a primeira revista sul-rio-grandense de pendor literário. De propriedade de Cândido Augusto de Melo, circulou ao longo de três números (1º de março, 30 de março e 13 de abril), publicando poemas e crônicas, muitos deles assinados pelo pernambucano Joaquim Lopes da Costa Albuquerque. A pequena duração explica-se pela acusação de plágio que Albuquerque recebeu, o que precipitou o fim do periódico. Cândido de Melo logo tomou outros rumos, editando o jornal A Imprensa (abril a outubro de 1851) ainda em Rio Grande, para logo a seguir transferir a sua tipografia para a vizinha Pelotas, onde editaria o primeiro jornal da cidade, O Pelotense (1851-1855).
Tendo em vista a experiência frustrada de A Rosa Brasileira, com o decorrente descrédito e ostracismo, a crítica unanimemente aponta O Guaíba como o primeiro periódico literário da então Província. Sendo editor responsável e principal redator Carlos Jansen, circulou semanalmente em Porto Alegre, de 3 de agosto de 1856 a 26 de dezembro de 1858, estampando poemas, contos, novelas, crônicas, charadas e artigos de cunho diverso. Na produção poética, a mais abundante, destaque para os nomes de Rita Barém de Melo, Félix da Cunha, João Vespúcio de Abreu e Silva, Eudoro Berlink e Maria Clemência da Silveira Sampaio, em composições que tratam, em sua maioria, de questões relacionadas ao amor, à desilusão, à morte, à infância e ao nacionalismo, distantes, portanto, dos assuntos regionais.
Em Porto Alegre, na década de 1860, marcam época O Diógenes (1863-1864) e Atualidade (1867), que trazem em suas fileiras nomes de destaque na imprensa literária, como Inácio de Vasconcelos Ferreira, chefe de redação do primeiro, e Apolinário Porto Alegre, José Bernardino dos Santos, Aurélio Veríssimo de Bittencourt, Hilário Ribeiro e Rita Barém de Melo, colaboradores frequentes do segundo. Já em Rio Grande, vale a pena ressaltar o surgimento da Arcádia, que somou, entre 1867 e 1870, quatro séries (parte da 4ª série foi publicada em Pelotas), e da Inúbia, empreendimento que durou de março a novembro de 1868, fruto da iniciativa de empregados do Artista (1862-1912), jornal diário da cidade rio-grandina. Um destaque da Arcádia, cujo responsável era Antônio Joaquim Dias, português imigrado para o Rio Grande do Sul, é a publicação dos primeiros poemas regionalistas de nossa literatura, em 1869, casos de “Canto do campeiro”, de Apolinário Porto Alegre, e “Rio Grande do Sul”, de Bernardo Taveira Júnior:
"Canto do campeiro"
Avante, ginete
Dos campos do sul!
Quem pode contigo,
Que, afeito ao perigo,
A sanha do imigo
Não temes, taful?
(Arcádia, Rio Grande, 4ª série, n. 5, p. 38, 1869)
"Rio Grande do Sul"
Altiva amazona
Das plagas do Sul –
Mimosa safira,
Num límpido azul –
(Arcádia, Rio Grande, 4ª série, n. 8, p. 62, 1869)
Na sequência, tem-se a Sociedade Partenon Literário (1868-1886), agremiação fulcral na formação do sistema literário da Província, por ser a mantenedora da Revista Mensal (1869-1879), introdutora do Romantismo e do Regionalismo no Rio Grande do Sul. O grande nome da revista, sem dúvida, era o de Apolinário Porto Alegre, mentor da agremiação, tendo como parceiros Aquiles Porto Alegre, Apeles Porto Alegre, José Antônio do Vale Caldre e Fião, José Bernardino dos Santos, Bernardo Taveira Júnior, Vítor Valpírio, Luciana de Abreu e Amália dos Passos Figueiroa. Afora as manifestações literárias, o Partenon Literário destacou-se de todas as congêneres do século XIX também pela atividade social, por meio de ações como a discussão da emancipação feminina, a defesa antiescravocrata e republicana, a manutenção de uma biblioteca, a criação de um museu de ciências naturais, o oferecimento de aulas noturnas e a realização de saraus artísticos.
O próximo periódico a surgir no horizonte é Murmúrios do Guaíba, revista que circulou por seis números, de janeiro a junho de 1870, sob a direção de José Bernardino dos Santos, em edições caprichadas que traziam a inserção de propagandas, uma novidade para a época. Na seara literária, destaque para a peça de teatro “Frei Cristóvão de Mendonça: episódios históricos das Missões do Uruguai” e “A douda: romance original rio-grandense” (incompleto), ambos de Bernardino dos Santos, e “Parecer do Sr. Apolinário Porto Alegre, membro da Comissão de Crítica da Associação Partenon Literário, sobre o romance A douda, do Sr. José Bernardino dos Santos” e “O monarca das coxilhas: conto rio-grandense”, os dois de Apolinário. Este último, publicado originalmente nos números 4 e 5 da revista, e depois, com algumas modificações, no livro de contos Paisagens, é um dos textos modelares do regionalismo sul-rio-grandense do século XIX. A narrativa curta mostra, de forma bem-humorada, a oposição que existe entre os mundos rural e urbano, por meio da inadaptação do Sr. Oliveira, comerciante português radicado em Rio Grande, ao campo, e do “monarca” Sancho Escafuza, morador da região das Missões, aos costumes e leis da cidade rio-grandina, para onde vai com a intenção de resolver problemas relativos aos negócios da família.
Eram comuns na época os jornais satíricos e caricaturais. Entre os primeiros, o porto-alegrense O Mosquito (1874), com o subtítulo “Periódico Joco-Sério”, reunindo nomes relevantes da cena literária: Damasceno Vieira, Silvino Vidal, Múcio Teixeira, Artur Rocha; entre os segundos, A Sentinela do Sul (1867-1869) e O Guarani (1874), de Porto Alegre, e O Diabrete (1875-1881) e Bisturi (1888-1915), de Rio Grande, esses dois com a colaboração do caricaturista Thadio Alves de Amorim, famoso na cidade pelos seus desenhos. Na sequência, quatro outras revistas contribuem com as letras sulinas: Ensaios Literários (1875-1877), órgão da sociedade de igual nome, de Porto Alegre, com vários partenonistas, como Damasceno Vieira, Aurélio Veríssimo de Bittencourt, Argemiro Galvão, Lobo Barreto, José de Sá Brito e Silvino Vidal; igualmente da Capital era o Álbum de Domingo (1878-1879), que trazia a colaboração de nomes com inegável prestígio, como Apolinário, Carlos von Koseritz, Carlos Jansen, Múcio Teixeira, Fontoura Xavier e Sarmento Mena; além de Tribuna Literária (janeiro a abril de 1882), de Pelotas, e Arauto das Letras (agosto de 1882 a junho de 1883), de Rio Grande, que comungavam formatos e propostas semelhantes, a partir da reunião de literatos importantes da região Sul da Província: Lobo da Costa, Paulo Marques, Francisco de Paula Pires, Laranja Filho, Otaviano Melo, Eduardo Lobo, Cândida Abreu, Luísa Cavalcanti Filha, Tercília Nunes Lobo, Revocata Heloísa de Melo e Julieta de Melo Monteiro.
No último quartel do século XIX, as irmãs Revocata e Julieta, escritoras e jornalistas, foram proprietárias de dois periódicos em Rio Grande: Violeta (1878-1879) e Corimbo (1883-1944). Este último ressalta-se pela duração, longevos sessenta anos, com uma periodicidade que variou entre o semanal, o quinzenal e o mensal. Representante da pequena imprensa, a folha deu guarida a muitos poetas que encontravam ali a única maneira de publicarem as suas composições, sendo que também destinava espaço prioritário à produção e à discussão das questões relacionadas às mulheres, tornando-se, por isso mesmo, uma das mais importantes revistas femininas do Brasil.
Por fim, devem ser lembrados três almanaques, em cujas páginas encontram-se, em profusão, material literário, embora o escopo das publicações fosse mais amplo. São eles: o Anuário da Província do Rio Grande do Sul (depois renomeado Anuário do Estado..., 30 edições, de 1885 a 1914), de Porto Alegre, dirigido até 1909 por Graciano Alves de Azambuja, e depois por Alcides Cruz; o Almanaque Literário e Estatístico do Rio Grande do Sul (29 edições, de 1889 a 1917), de Rio Grande, coordenado por Alfredo Ferreira Rodrigues; e o Almanaque Popular Brasileiro (15 edições, de 1894 a 1908), de Pelotas, editado por Alberto Ferreira Rodrigues, irmão de Alfredo. Os três chegaram a circular simultaneamente entre o final do século XIX e o começo do século XX, o que indicia, naquele momento, a popularidade do formato.
Mauro Nicola Póvoas
Para saber mais:
ALVES, Francisco das Neves; PÓVOAS, Mauro Nicola. Periodismo e literatura no Rio Grande do Sul do século XIX. Lisboa: Cátedra Infante Dom Henrique para os Estudos Insulares Atlânticos e a Globalização; Rio Grande: Biblioteca Rio-Grandense, 2018.
ALVES, Francisco das Neves. De crayon à mão: a arte caricatural de Thadio Alves de Amorim. Rio Grande: Biblioteca Rio-Grandense, 2016.
______. A pequena imprensa rio-grandina no século XIX. Rio Grande: Ed. da FURG, 1999.
BAUMGARTEN, Carlos Alexandre. Literatura e crítica na imprensa do Rio Grande do Sul: 1868-1880. Porto Alegre: EST, 1982.
CESAR, Guilhermino. História da literatura do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Globo, 1971.
FERREIRA, Athos Damasceno. Imprensa literária de Porto Alegre no século XIX. Porto Alegre: Ed. da UFRGS, 1975.
______. Imprensa caricata do Rio Grande do Sul no século XIX. Porto Alegre: Globo, 1962.
HESSEL, Lothar F. et al. O Partenon Literário e sua obra. Porto Alegre: Flama; IEL, 1976.
PÓVOAS, Mauro Nicola. Uma história da literatura: periódicos, memória e sistema literário no Rio Grande do Sul do século XIX. Porto Alegre: Buqui, 2017.
SILVA, Jandira M. M. da; CLEMENTE; Ir. Elvo; BARBOSA, Eni. Breve histórico da imprensa sul-rio-grandense. Porto Alegre: CORAG, 1986.
VIANNA, Lourival. Imprensa gaúcha: 1827-1852. Porto Alegre: Museu de Comunicação Social Hipólito José da Costa, 1977.
Publicação do verbete: dez. 2021.